domingo, 12 de julho de 2009

Análise do Texto Carta: “Luma, querida”

“Luma, querida”
‘Através de sua história de Leitura “os modos de dizer” designam o sentido’
- Introdução

O texto escolhido é uma carta, com presentes marcas culturais e históricas num enunciado entre interlocutores. Além do uso do discurso direto livre, proporcionando uma maior aproximação entre o autor/leitor/personagem. A autora fez questão de escrever como se estivesse redigindo uma carta de próprio-punho e fosse enviá-la diretamente ao destinatário.
A escolha deste texto surgiu depois do interesse em ver o efeito de sentido que a sua temática poderia causar no leitor, um leitor que condicionalmente se remete a uma sociedade de princípios culturais e históricos e que se reporta ao outro.

Maitê Proença, muitos conhecem. Durante algum tempo, a atriz de algumas novelas escreveu numa coluna na revista Época, a qual sempre fazia questão de elaborar um texto argumentativo a respeito de assuntos recorrentes do nosso cotidiano.

No texto em questão, optou-se pelo gênero carta, pois facilitaria a intenção proposta. Além de atingi-la de fato com uma crítica. A crítica exatamente refere-se ao comportamento de outra celebridade, Luma de Oliveira, a qual dentre os diversos escândalos sofridos em sua vida, parece-nos que não eram suficientes. Ou seja, a autora pretende, com seu texto, argumentar com os assuntos noticiados pela mídia a relação desgastada com seu atual marido. Faremos uma análise para identificar as marcas recorrentes, uma observação do uso retórico de palavras e a sua intencionalidade, lembrando que a intenção da autora é designar o desvio de conduta.
Percebemos esse desvio de conduta quando, por exemplo, ela (Proença) diz qual seria o perfil ideal de uma mulher de família.
O Texto pode-se encontrá-lo na Revista Época, p.83(2004). Uma revista de assuntos gerais e interesse em comuns entre seus leitores.

A escolha do material partiu do momento em que foi possível observar e perceber quais tipos de recursos linguísticos eram empregados pela autora, a presença de polifonia, modalização e a maneira como eram articuladas as estruturas do texto. Além do funcionamento dialógico recorrente em qualquer texto argumentativo. Este trabalho assim como os estudos feitos por Cunha[1] parte da perspectiva enunciativa.

Para Cunha (2002) O estudo das vozes permite compreender o diálogo entre os diferentes discursos que constituem o texto e entre os sujeitos que se confrontam nesse espaço interlocutivo.


Inicialmente, este trabalho observará as marcas contidas no discurso comunicativo empregado pela autora para promover um viés de descrição, crítica e o resultado do efeito comunicativo.
Conforme Rajagopalan (2003) o efeito midiático da comunicação e a proporção da mídia nos dias atuais nos permite que se modifique e contorne os efeitos surpreendentes entre enunciador, interlocutor e a comunicação verbal, seja escrita; seja oral.


A narrativa midiática é carregada de valores e pontos de vista diferentes. O jornalista atual está presente no momento em que tragédias e furos jornalísticos acontecem. Esse contato direto e incisivo faz com que a intenção e objetivo de se narrar um evento, vá além da descrição e registro do fato. Ou seja, o repórter passa a noticiar e enfatizar episódios os quais repercute com maior facilidade e apreende mais a atenção do seu espectador.

De acordo com Rajagopalan (2003, p. 81) “como a mídia imprime certas interpretações pelo simples ato de designação de determinados acontecimentos, dos responsáveis por tais acontecimentos, dos atos específicos praticados pelos lados em situação de conflito etc”.

Ainda de acordo com o autor é discutido o caráter afirmativo, com resquícios de constatação intencional, através do fenômeno de nomeação. Porque no discurso midiático a notícia é muito mais do que um simples relato situacional de eventos do nosso cotidiano.

Daí que, o autor afirma; “A tese de que é no uso político de nomes e de apelidos que consiste o primeiro passo que a mídia dá no sentido de influenciar a opinião pública a favor ou contra personalidades e acontecimentos noticiados”. (Rajagopalan. 2003, p. 81)

Fica evidente que se o discurso jornalístico, a escolha dos termos de designação começa com um ato de nomeação. Portanto, essa nomeação que nos remete a intencionalidade e a proposta adotada pelo enunciador em enfatizar e promover uma relação comunicativa. Incluindo aqui a apreensão do leitor e a sua manipulação – que o discurso jornalístico imprime seu ponto de vista.

Os termos escolhidos a fim de designar indivíduos, acontecimentos, lugares etc. Contribuindo na formação de opinião pública. Contudo, Rajagopalan cita: “(...) nem sempre os nomes escolhidos funcionam da forma que os estrategistas de guerra esperam, por exemplo.”
Enfim, o poder da designação implica em conceitos e opiniões muitas das vezes inquestionáveis e irreparáveis. Por exemplo, ao classificar possíveis razões as quais fizeram com que um indivíduo cometesse um crime, podemos caracterizar aquela ação, algumas vezes justificá-la ou julgá-la. E é justamente por estar camuflado como um simples ato referencial que tais descrições acabam exercendo tamanha influência sobre o leitor. O autor ainda expõe sua opinião “O perigo está no fato de que o leitor ingênuo ou desavisado tende a confundir descrição com termo referencial, opinião com fato consumado”. (Rajagopalan. 2003, p. 87)



Na primeira parte deste ensaio, foi discutida a objetividade e a primazia que certos nomes próprios têm ao circular dentro da enunciação. A relevância que a designação de algumas palavras altera e converte totalmente um fato noticiado por meios de comunicação midiáticos.

Nessa segunda parte, iremos basear nossa discussão no texto argumentativo.

Cunha (2002) parte de uma descrição do gênero veiculado na mídia, por considerá-lo ainda um pouco explorado: a perspectiva do funcionamento dialógico [2]. O estudo das vozes permite compreender o diálogo entre os diferentes discursos que constituem o texto e entre os sujeitos que confrontam nesse espaço interlocutivo.

“É por meio das formas marcadas e não marcadas de dialogismos que percebemos a posição e os pontos de vista do enunciador do discurso atual, o grau de distância ou adesão aos discursos dos enunciadores citados ou mencionados, e os lugares ocupados por eles.” (Cunha. 2002, p, 166) .

Estudar a linguagem significa, portanto, ir além do quadro das estruturas lingüísticas para analisar o sentido de um discurso como processo dinâmico de retomada e modificação, produzido numa situação de enunciação única. Diferentes recursos contribuem para o ato comunicativo, a produção de sentidos, por exemplo, é muito complexa, incluindo, além dos elementos verbais e não verbais, uma série de ditos e não-ditos, porções de texto que serão inferidas, em função dos conhecimentos partilhados entre os interlocutores. Ou seja, a linguagem deve ser vista dever ser pensada em todos os seus campos e referenciais, pois o contexto enunciativo reflete a comunicação discursiva.

Assim, partimos para a concepção Bakhtiniana de linguagem como interação. Segundo Cunha (2002. p, 168)

“(...) Todo enunciado é uma resposta a um já dito, seja numa situação imediata, seja num contexto mais amplo. Não se trata aqui do diálogo entre falantes numa situação de conversação, mas da relação do enunciado com o que já foi dito sobre o mesmo assunto, e com o que lhe suceder “na corrente ininterrupta da comunicação verbal” (Bakhtin, 1997).”

Com isso, fica claro que o discurso é heterogêneo. A dimensão dialógica[3] fundamenta a interpretação de um texto.

Gênero discursivo: o conceito de gênero é fundamental nos estudos da linguagem, Bakhtin (1997) elaborou uma teoria no quadro da comunicação verbal, definindo o gênero ou enunciado a partir de critérios não-lingüísticos[4].

Haja vista, a relevância a qual o gênero pressupõe na análise Cunha (2002), utiliza-se da definição Bakhtiniana de gênero discursivo para discutir a notícia e o artigo de opinião. Ainda segundo o autor,

“o artigo de opinião expõe o ponto de vista de um jornalista ou de um colaborador do jornal, fazendo uso de dêiticos e do presente do indicativo como tempo base, num texto claramente argumentativo.”

Então, podemos considerá-lo um gênero de “enunciação subjetiva”

Por fim, Cunha (2002) finaliza seu texto com a análise de textos da esfera jornalística, visando a diversidade de funcionamento dialógico dos gêneros da mídia.

Bakhtin (1997), a palavra é habitada pela voz de outrem e carregada de sentidos diferentes, em função dos gêneros e das situações. Ou seja, ato comunicativo já prevê que o enunciador/ co-enunciador parte de um referencial, de uma intertextualidade preexistente. Não é um enunciado que faz referência: é o enunciador que, por meio de seu enunciado, deverá passar ao co-enunciador as instruções para identificar os referentes por ele visados em um determinado contexto.
A polifonia também é um recurso, pois diversas vozes participam de um mesmo discurso. Além dos diferentes tipos de designações possíveis e encontradas para mediar a interlocução. No livro de Mangueneau (2004) ele faz a citação e a descrição de cada tipo de designação mais recorrente no texto jornalístico.
Assim, fica claro a situação comunicativa como algo integrado ao discurso e as suas modalizações. Isto é, o funcionamento dialógico do texto, seja escrito, seja oral, pressupõe a posição do outro para completar o seu sentido, por exemplo.

TEXTO -


Luma querida,

O ditado manda não meter a colher, mas, como foi você mesma que abriu a torneira do tanque pro mundo, sinto-me no direito de opinar.
É muito feio isso que você está fazendo com Eike, coração. Você é casada há 13 anos com o moço, tem dois filhos cheios de saúde e uma união cheia de confortos. Agora vem dizer que não agüenta mais, que abriu mão de tudo por ele, que o rapaz é ciumento, intransigente e o escambau, e ainda o responsabiliza pela mentira que vocês cometeram juntos! Que marido não tem ciúmes da mulher que sai semidespida cada vez que haverá fotógrafos? Que marido agüenta discreto enquanto a parceira desfila de calcinha transparente para o Brasil inteiro ver? Quem é que gosta de explicar que aqueles bombeiros sarados só estão agarrando a mamãe porque assim é que se faz em foto pra revista?
Nem sempre nosso Eike foi companheiro, é verdade. Talvez por conceder, mas não agüentar o tranco, tenha preferido poupar-se em muitas ocasiões. Em outras, no entanto, ele estava lá firmão, dando até uma força – todo o mundo viu. E todo o mundo viu também pela cara de tacho do seu marido que os sapos na sua garganta eram amazônicos. São as regras do jogo, e ele as conhece... E você, não escolheu ter um futuro de princesa com o homem que te ama? E não é assim, até para as não-princesas – conceder em alguns lugares para conquistar em outro?
E cá entre nós, Luma, você abriu mão do quê? De posar pelada pra mais cinco revistas, de fazer mais um personagem secundário na novela, de ter uma vida financeira instável? Qual é? O homem é careta e queria você em casa quando ele chegasse à noite? Todos querem. Você topou, e ele não te impediu de trabalhar, a empresa de cosméticos que te pertence aconteceu com o apoio dele, com sua orientação e dinheiro, ou não?
Francamente, acho tudo isso uma idiotice. É patético que os jornais estejam inundados dessa e outras futricas e que eu inclusive tenha me deixado arrastar nessa inconsciência de lama e esteja aqui discutindo a vida alheia. Mas é que no caso da sua união de amor, Luma, sempre tive a certeza de que havia um equívoco quando as pessoas viviam lhe atribuir os preconceitos de praxe. Sempre achei você corajosa ao se expor - era o avesso do recato e sua explosão, sua força e graça vinham de um lugar genuíno que não poderia se mostrar, senão daquela forma mesmo. Eu via o moço bonito, rico, de “boa família” que se encantou pela moça “simples” e exuberante. O moço, que não era bobo, largou um noivado convencional pra casar com a moça cheia de vida e humor. Ele sabia que sua amada não era aprisionável e aprendeu deixá-la encantar o país com sua arte sem igual na avenida dos excessos. Você é sempre a mais linda do universo naqueles momentos, Luma. Ali todas as mulheres te reverenciam e todos os homens do mundo te desejam. Ele sempre soube disso, e deixava rolar porque sabia, também, que você era dele. E você agradeceu usando a coleira. É tudo muito brega e louco, mas, digam o que disserem, também é lindo pra caramba.
Então, eu tô pouco me lixando pros problemas íntimos de vocês, que não são da minha conta nem de ninguém e fazem parte do pacto do pacto entre duas pessoas, e só. Fiquei decepcionada foi com um ideal que meu romantismo imaginou e que riu na exposição desarvorada de sua falta de sutilezas. Fiquei triste com o desmoronamento da imagem que fiz, de um amor acima da vulgaridade dos jornais, mais elevado que a boca do povo, um amor que sempre me pareceu saudável e bom e que agora, nessa farsa besta, virou uma bobagem como outra qualquer.
Se há uma atitude digna nessa história, é o silêncio do Eike. Se eu fosse você, Luma, trataria de imitar-lhe um pouco os modos. Se fosse você, cuidaria dessa crise dos 40 num divã de psicanálise, na umbanda, num confessionário ou qualquer lugar mais recolhido do que as páginas dos jornais. Se eu fosse você, teria na dor a mesma grandeza que você espalha pro mundo naquela avenida. Boa sorte

Maitê Proença.



Se voltarmos um pouco na história de nossos pais, por exemplo, vamos lembrar que sempre se escolhia uma atitude, ou se faziam juízos e predições através de ditados populares. Isso faz parte da nossa história de leitura, por isso, a autora se utiliza desse recurso exatamente para poder atingir seu leitor.
No 1º § a única informação é um ditado, mas esse serve de licença para poder designar o caráter da personagem. Ou seja, como diz o ditado:

“O ditado manda não meter a colher, mas, como foi você mesma que abriu a torneira do tanque pro mundo, sinto-me no direito de opinar”

Isso mostra, também, que outras pessoas terão direito de criticá-la. Cunha (2002) “(...) diálogo entre os diferentes discursos que constituem o texto e entre os sujeitos que se confrontam nesse espaço interlocutivo”. (presença de outras vozes dentro do discurso). Aqui a autora já autoriza seu leitor a formar sua opinião antecipada.

O uso do tempo verbal “presente do indicativo” enfatiza a narração da história vivida por Luma. Nesse 2º § a designação empregada finaliza a intenção de interrogá-la, veja:

“É muito feio isso que você está fazendo com Eike, coração. Você é casada há 13 anos com o moço, tem dois filhos cheios de saúde e uma união cheia de confortos”.

Maitê discute cada episódio da vida conjugal de Luma e Eike, mas se utiliza de outros “textos” para fundamentar seu ponto de vista, ou seja, a opção por narrar a posição de valor de outras pessoas. O uso de intertextualidade e discursos exteriores

“(...) ele estava lá firmão, dando até uma força – todo o mundo viu. E todo o mundo viu também pela cara de tacho do seu marido que os sapos na sua garganta eram amazônicos (...).”

O emprego do nome próprio e do pronome é recorrente no 4º § parágrafo, uma retórica condizente com a interlocução entre o enunciador e o interlocutor. Exemplo:

“(...) O homem é careta e queria você em casa quando ele chegasse à noite? (...)”. “(...) e ele não te impediu de trabalhar, a empresa de cosméticos que te pertence aconteceu com o apoio dele (...).”

Mais uma vez seu ponto de vista, seus valores, crenças é explícito e tende a influenciar o leitor que é apreendido pela sua narração e informação midiática, através das informações que são postas cotidianamente nos meios de comunicação. Isto é, o ideal de conduta social é exaltado para tentar persuadir o leitor de que atitudes diferentes dessas fogem dos preceitos:

Ainda possui um discurso com marcas de desabafo que designam o caráter imoral de Luma.

“Francamente, acho tudo isso uma idiotice. É patético que os jornais estejam inundados dessa e outras futricas e que eu inclusive tenha me deixado arrastar nessa inconsciência de lama e esteja aqui discutindo a vida alheia. Mas é que no caso da sua união de amor, Luma, sempre tive a certeza de que havia um equívoco quando as pessoas viviam lhe atribuir os preconceitos de praxe. Sempre achei você corajosa ao se expor - era o avesso do recato e sua explosão, sua força e graça vinham de um lugar genuíno que não poderia se mostrar, senão daquela forma mesmo. Eu via o moço bonito, rico, de “boa família” que se encantou pela moça “simples” e exuberante (..)”

Mais uma vez, Proença faz referência a outros referencias sociais, de posição e caráter.

“(...) Fiquei triste com o desmoronamento da imagem que fiz, de um amor acima da vulgaridade dos jornais, mais elevado que a boca do povo, um amor que sempre me pareceu saudável e bom e que agora, nessa farsa besta, virou uma bobagem como outra qualquer(...).”

Enfim, é observável no texto que muitas das “marcas de dizer “ constroem o referente. Segundo Pinto (2002) essas funções mostram, interagem e seduzem. Isto é, através de sua história de “leitura” (Conf: Orlandi, 1993 p, 26) a autora enuncia seu discurso moralista e julga a personagem.

Considerações finais


A presente análise teve por objetivo ver como a história de leitura de leitor/autor pode conduzir o sentido do texto. Pois a construção de significado em si parte do pressuposto de que o seu interlocutor tenha alguma referência sobre o referencial.
O modo de dizer utilizado remete ao locutor, uma vez que o enunciado parte da subjetividade. Isto é, no texto em questão tratava-se de um texto direcionado a uma personagem do mundo de celebridades, mas que seria apreciado por leitores de veículos midiáticos.
O discurso modalizado, ou seja, as designações que construíam a imagem que seu leitor faria da personagem. Como disse Pinto (2003) ao se produzir um texto para se comunicar, as pessoas utilizam a linguagem verbale outros sistemas semióticos com três funções: mostração, interação e sedução.
O sentido pretendido por Proença era exatamente apossando-se de textos exteriores “criar e reconstruir” sua interpretação e ponto de vista sobre o evento midiado nas revistas e jornais de circulação na época.
Por fim, a construção do enunciado seja uma crítica, seja um elogio era sempre alguns vestígios de subjetividade de seu locutor e terá maior significado ao ser confrontado o interlocutor.






Bibliografia

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: Estética da Criação Verbal. 2a. ed. São Paulo : Martins Fontes, 1997.
CUNHA, Dóris de A. C. da. O funcionamento dialógico em notícias e artigos de opinião. In: DIONISIO, A. P. et al. (org). Gêneros textuais e ensino. 2ª ed. Rio deJaneiro: Lucerna, 2002, p. 166-179.

MAINGUENEAU, Dominique. Análise de Textos de Comunicação. São Paulo: Editora Cortez, 2004 (Cap. TIPOS DE DESIGNAÇÃO – p. 179-193).

PINTO, Milton José. Comunicação e Discurso: Introdução à análise de Discursos. São Paulo: Hacker Editores, 2002.
ORLANDI, E.P. Discurso e leitura. São Paulo: Cortez; Campinas - SP: Editora da UNICAMP, 1993.

RAJAGOPALAN, K. Por uma lingüística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003 (cap. DESIGNAÇÃO - A arma secreta, porém incrivelmente poderosa, da mídia em conflitos internacionais. p. 81-87).
Revista Época, p.83(2004). Luma, querida”Autora: Maitê Proença

[1] Dóris de Arruda Carneiro Cunha
[2] Notícia, gênero polifônico, artigo de opinião, gênero aparentemente monofônico.
[3] O termo dialogismo é carregado de uma pluralidade de sentidos. Além disso, foi traduzido por intertextualidade, o que provoca certa confusão entre os conceitos. Alguns autores utilizam o conceito de intertextualidade para se referir às inserções de outras vozes no texto, na forma de citação paráfrase, alusão, entre outras. Esse mesmo fenômeno é também chamado de polifonia ou discurso reportado.
[4] Consulte cunha para maior detalhamento desse modelo (Cunha. 2002, p 169).

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